Carrinho de compras
Seu carrinho está vazio

Frete Grátis

acima de R$299 p/ o Sudeste

Pague com cartão

em ate 6x s/ juros

Pague no Pix

é rápido e prático

Entrega rápida

em todo o Brasil

Segurança

Loja oficial

13/09/2019

O que o Papa estava fazendo naquele 11 de setembro de 2001

Era verão no Hemisfério Norte. Como de costume, o Papa se retirava do Vaticano durante alguns dias para descansar na residência pontifícia de Castel Gandolfo, não muito distante de Roma.
A notícia
O então porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, conta que foi ele próprio quem telefonou a São João Paulo II para lhe dar a notícia de que dois aviões acabavam de ser lançados contra as torres do World Trade Center de Nova Iorque por um grupo terrorista islâmico.

Em entrevista de dez anos depois, concedida ao Vatican Insider, Navarro-Valls contou que, naquele dia, o Papa estava

“…profundamente abalado, entristecido. Recordo que ele se perguntava como é que um ataque tão perverso podia acontecer. A consternação dele diante das imagens ia além da dor. Ele ficou um momento diante da televisão. Depois se retirou para a capela, que estava a poucos passos da saleta da televisão, e passou muito tempo lá, rezando”.

Logo que recebeu a notícia, São João Paulo II quis ir direto ao telefone para expressar ao presidente dos Estados Unidos a sua tristeza e solidariedade para com o povo norte-americano e para com as pessoas de dezenas de outros países que haviam sido afetadas por um dos atos terroristas mais assombrosos da história da humanidade. George W. Bush, porém, estava fora de alcance por razões de segurança. O Papa lhe enviou então um telegrama em que falava de “horror” e “ataques desumanos”, além de oferecer as suas orações “nesta hora de sofrimento e provação”.

O dia seguinte
No dia 12 de setembro, quarta-feira, a audiência geral com o Papa reunia uma multidão em cujos semblantes ainda estavam gravadas as cenas de horror do dia anterior: Torres Gêmeas, Pentágono, pessoas desesperadas, poeira, sangue, mortos. Eram as mesmas imagens a que São João Paulo II também assistira na residência de Castel Gandolfo, com angústia profunda.


Um leitor, durante a audiência, repassou aos fiéis um pedido do Papa:

“Para fomentar um clima de recolhimento e oração, o Santo Padre quer que não haja aplausos”.

A voz do Santo Padre tremeu de emoção ao afirmar que o 11 de setembro

“…foi um dia negro na história da humanidade, uma terrível afronta à dignidade do homem”.

Ele ainda externou a pergunta angustiante que muitos traziam no coração:

“Como podem ocorrer tais episódios de selvageria?”

Mas não ficou no desespero estéril e acrescentou:

“Mesmo no momento mais sombrio, o fiel sabe que o mal e a morte não têm a última palavra; mesmo que a força das trevas pareça prevalecer”.

Viagem mantida
Estava agendada para poucos dias depois a visita de João Paulo II ao Cazaquistão, país da Ásia Central de maioria muçulmana. Aconselhava-se ao Papa desmarcar o compromisso, considerado perigoso. Mas ele não o cancelou. E, em Astana, a capital cazaque, São João Paulo II proclamou:

“A religião nunca deve ser usada como motivo de conflito. Convido tanto os cristãos quanto os muçulmanos a rezarem intensamente ao Deus Todo-Poderoso que nos criou, para que o bem fundamental da paz possa reinar no mundo”.